As principais células que participam do sistema imune são os
leucócitos, também chamados de glóbulos brancos do sangue, que são originados
na medula óssea e são responsáveis pela destruição de corpos estranhos que
invadem nosso organismo. Existem vários tipos de leucócitos, que podem ser
classificados de acordo com sua morfologia nuclear: mononucleares (linfócitos
T, linfócitos B, células exterminadoras ou natural killer, monócitos,
macrófagos e células dendríticas) ou polimorfonucleares (neutrófilos, eosinófilos,
basófilos e mastócitos).
Os monócitos, os macrófagos, os neutrófilos e as células
dendríticas também podem ser classificados como fagócitos, por serem capazes de
fagocitar (englobar) e destruir antígenos (invasores), ou ainda podem ser
denominados células apresentadoras de antígenos, por serem capazes de expor, em
sua superfície, fragmentos de antígenos fagocitados para serem reconhecidos por
linfócitos. Os linfócitos, por sua vez, são as células-chave no controle da
resposta imune, e compõem 20% a 30% dos leucócitos circulantes no sangue dos
adultos. Divididos em linfócitos T e linfócitos B, são capazes de reconhecer
especificamente os antígenos, diferenciando-os dos componentes próprios do
organismo.
Os linfócitos T podem ser classificados em citotóxicos (CD8)
ou auxiliares (CD4). Os linfócitos T citotóxicos são importantes no combate à
infecção viral, uma vez que têm a capacidade de reconhecer e destruir células
infectadas por vírus. Já os linfócitos T auxiliares exercem papel central no
controle e desenvolvimento da resposta imune. Estas células podem ser ativadas
pelo reconhecimento de corpos estranhos (antígeno) apresentados por células
apresentadoras de antígenos. Após este reconhecimento, os linfócitos são
ativados e induzidos a produzir proteínas, como as citocinas, que agem na
ativação de outras células do sistema imune.
Dentre os componentes do sistema imune ativados pelos
linfócitos T auxiliares durante o processo de apresentação de antígenos,
destacam-se os linfócitos B. Estas células estão geneticamente programadas para
codificar receptores específicos para um determinado antígeno. Uma vez
ativadas, as células B produzem e secretam, na forma solúvel, uma enorme
quantidade de moléculas receptoras, que são conhecidas como anticorpos ou
imunoglobulinas.
Os neutrófilos constituem cerca de 70% dos leucócitos sanguíneos,
sendo assim os leucócitos mais abundantes. São importantes células fagocitárias
e têm a capacidade de migrar dos vasos sanguíneos para os tecidos, onde podem
atuar no combate aos agentes invasores. Função semelhante pode ser exercida
pelos monócitos que, após migrarem para os tecidos, são diferenciados em
macrófagos.
Os eosionófilos compreendem 2% a 5% dos leucócitos sanguíneos
que são capazes de fagocitar e destruir microrganismos. Além disso, liberam
histaminas e aril-sulfatase, que inativam os produtos dos mastócitos. Desta
forma, diminuem a resposta inflamatória.
Os basófilos são semelhantes aos mastócitos sanguíneos e
compõem o menor grupo das células polimorfonucleares envolvidas no sistema
imune.
Bibliografia
(s)
Abbas AK, Lichtman AH, Pober JS. Células e Tecidos do Sistema Imune. In: Abbas
AK, Lichtman AH, Pober JS. Imunologia Celular e Molecular. 3 ed. Revinter. Rio
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Nutricional. Axcel Books do Brasil Editora; Rio de Janeiro, 2003. p.2-20.
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